Reconstrução Mamária com Engenharia de Tecidos e Transplante de Gordura Autógena
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz
Hospital Sírio-Libanês
O Prof. Dr.
Alexandre Mendonça Munhoz, cirurgião plástico e docente pleno do programa de
pós-graduação do Hospital Sírio-Libanês, realizou pela primeira vez no Brasil,
a reconstrução mamária com técnica de engenharia de tecidos e transplante de
gordura autógena purificada. A reconstrução da mama foi realizada de maneira
imediata após mastectomia redutora de risco executada pelo mastologista Prof.
Dr. José Roberto Filassi no mês de agosto no Hospital, fato inédito em nosso meio.
Na cirurgia de redução de risco (adenomastectomia profilática) foi
empregado uma matriz de tecido biológico acelular com preservação da arquitetura
conjuntiva original (Stratticetm), o que proporcionou uma estrutura
de suporte para o implante de silicone e crescimento de células durante o
processo de integração. A matriz permitiu ainda a total cobertura inferior do
implante sem a utilização de retalhos musculares, os quais apresentam maior
morbidade, tempo cirúrgico e dor pós-operatória.
Associado ao
procedimento com emprego da matriz biológica, foi utilizado uma nova tecnologia para a captação e purificação
de tecido adiposo com o emprego de dispositivo fechado destinado a filtragem e
transferência imediata de gordura autógena (Revolve System™). Essa nova
tecnologia, permite o processamento de gordura em tempo rápido, em circuito
fechado e desta forma sem contaminação. Os procedimentos, inéditos em nosso meio, mereceram destaque no Jornal do Hospital Sírio-Libanês (Entre Médicos) o qual enfatizou o pioneirismo no âmbito da reconstrução da mama pós câncer e cirurgias redutoras de risco. De modo semelhante, a cirurgia inédita foi motivo de "release" nos EUA como primeiro emprego da nova tecnologia no Brasil.
Estudos
demonstram que a retenção de tecido adiposo é equivalente à técnica de
centrifugação porém significativamente mais elevado do que o método de
decantação. Ademais, a presente tecnologia remove em maior volume o óleo livre
e células vermelhas do sangue quando comparado aos demais métodos de decantação
ou centrifugação, permitindo assim melhores resultados e menor índice de
complicações.
Ambas as tecnologias
foram recentemente aprovadas no Brasil pela ANVISA e estão disponíveis há
alguns anos nos EUA e Europa. O Hospital Sírio-Libanês é o primeiro Hospital a aplica-las
no âmbito da reconstrução mamária pós câncer.
O Prof. Dr. Munhoz, também Livre-Docente
pela FMUSP, participa na orientação de pesquisas no programa de pós-graduação
do IEP com o emprego de enxerto de gordura na cirurgia mamária.
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